Na Paraíba falta de material em hospital adia cirurgia de bebê

Centro cirurgico hospitalA falta de materiais cirúrgicos está impedindo a cirurgia de um bebê em Campina Grande. A criança foi diagnosticada com cranioestenose, uma doença que provoca uma alteração na forma do crânio. A doença provoca o fechamento prematuro da fontanela (mais conhecido como moleira) dando origem a problemas para o desenvolvimento do bebê. O diagnóstico foi feito por um neurocirurgião, que indicou a necessidade da cirurgia, mas a família ainda espera pelo procedimento.

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Desde que o médico indicou a cirurgia para o bebê, no mês de julho, ele foi internado duas vezes no Hospital de Trauma de Campina Grande, mas a mãe e a criança tiveram que voltar para casa sem realizar o procedimento. A mãe foi informada que falta material cirúrgico e até esta quinta-feira (13/08) espera uma posição do hospital.

“Está cada dia mais diferente, porque é uma coisa que, conforme ele vai crescendo, o cérebro vai crescendo e não vai ter para onde desenvolver e vai se desenvolvendo aleatoriamente. A cabecinha pode ficar toda deformada”, disse Joelma Barros, mãe da criança.

O diretor do hospital explicou que, como se trata de uma doença rara, é preciso compra de materiais específicos para a cirurgia e que esse processo já está em andamento.

“O fornecedor ainda não providenciou o material para a realização da cirurgia, já que se trata de uma cirurgia que é realizada raramente aqui no hospital” disse o diretor do hospital, Geraldo Medeiros. Ele alega que a cirurgia deveria ser realizada em outros hospitais de Campina Grande que atendem pelo SUS.

“Esses pacientes ficam direcionados para o Hospital de Trauma, que não deveria ser o hospital de realização de cirurgias eletivas e que está sobrecarregado. Nós tivemos um mês aqui que realizamos 90 cirurgias e não deveria ser realizado no Trauma e sim nos demais hospitais referenciados pela Secretaria Municipal de Saúde”, completou.

A assessoria de imprensa da da Secretaria Municipal de Saúde de Campina Grande defendeu que esse tipo de procedimento é responsabilidade do estado, por ter havido uma pactuação dos recursos entre município e estado. Já a gerente regional de saúde, Tatiana Medeiros, comprometeu-se a agilizar a realização da cirurgia, mas alegou que cabe ao município a realização das cirurgias eletivas, reforçando a opinião do diretor do Hospital de Trauma.

G1
Foto: Reprodução da Internet

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