Assassinato de criança no interior da Paraíba repercute na imprensa nacional

Sumé zona rural criança encontrada morta 2O menino de 5 anos que foi encontrado morto na terça-feira (13) na cidade de Sumé, no Cariri paraibano, sofria maus tratos da mãe. É o que afirmam o Conselho Tutelar de Sumé e o delegado seccional de Sumé, Yure Givago. A criança foi encontrada morta com lesões na cabeça, com o corpo aberto do pescoço até a altura da virilha e com o pênis decepado. Ele estava desaparecido desde o domingo (11/10).

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A mãe e o padrasto da criança foram presos na noite da terça-feira (13), suspeitos de terem participado do assasinato. Além dos parentes da criança, dois homens também foram detidos pela polícia pela suspeita de homicídio. 

“Aproximadamente há oito dias, nós recebemos uma ligação da diretora da creche pedindo nossa presença lá para fazer uma constatação de uma criança que teria sido espancada provavelmente pela mãe. Na ocasião, ele nos falou que teria saído para brincar na rua, soltar pipa e que ao retornar para casa, a mãe teria deferido uma chinelada no seu rosto, por ele ter saído sem a sua autorização”, afirmou o conselheiro tutelar Erinaldo da Silva.

O delegado Yure Givago também falou que o menino vivia na rua pedindo esmolas e que a mãe vai responder pelo crime de abandono de capaz.

“Pelo menos ela comete o crime de abandono de capaz, visto que o filho dela era conhecido por ser pedinte na cidade, vivia de porta em porta. Ela não tinha controle sobre a rotina do filho e o filho pode ter sido levado por uma pessoa que frequentava sua casa. Então ela, no mínimo, cometeu várias omissões com relação ao seu filho”, explicou o delegado.

Linhas de investigação
Inicialmente, a polícia trabalha com três linhas de investigação. Uma das hipóteses é de que a criança teria sido assassinada durante um ritual macabro, em que o padrasto possivelmente estaria envolvido. Com relação à mãe da criança, a polícia diz ainda não saber se ela teria participado do ritual macabro, mas investiga também se a negligência nos cuidados com o menino teriam influência na morte.

“Uma das linhas de investigação tem relação com esse fato de magia negra, na qual o padrasto, segundo informações da mãe, teria envolvimento com pessoas que trabalham com esse tipo de ritual”, disse o delegado.

Outra hipótese levantada pela polícia é de que um dos detidos, que era vizinho e amigo do padrasto da criança, teria assassinado o menino por vingança, já que ele teria sido preso após um depoimento da mãe da criança.

“Uma outra hipótese envolve a família, a mãe, o padrasto e esse amigo do padrasto. Anteriormente, a mãe desse menino foi testemunha em uma ocasião em que esse amigo desse padrasto foi preso e ele disse que queria se vingar dessa pessoa. Então uma hipótese é que essa criança foi morta para fazer um mal a sua mãe”, completou.

Já a outra pessoa detida é um deficiente mental que mora na cidade. Ele foi visto por testemunhas próximo à criança no momento do desaparecimento e também quando o corpo foi encontrado

“Essa quarta pessoa que foi presa, trata-se de um deficiente mental que foi visto com a criança momentos antes do horário estabelecido do seu desparecimento e que também foi visto pelo padrasto e por uma outra testemunha, próximo ao cadáver da criança quando veio a público o encontro desse cadáver”, finalizou.

Transferência dos presos
Os quatros suspeitos se encontram detidos na delegacia de Monteiro, no Cariri paraibano. De acordo com o delegado seccional da cidade, João Joaldo, eles seriam transferido para a Cadeia Pública de Monteiro, mas por conta de uma possível rebelião, os suspeitos serão transfeiros para João Pessoa ou Campina Grande

“Houve uma conversa lá dentro da cadeia e o diretor de lá ficou sabendo. Eles disseram que se colocassem os suspeitos lá, eles iriam matar todos, colocar fogo nos quatro. A gente não tem como recolhê-los então na cadeia de Monteiro. Eu estive em contato com o próprio diretor da cadeira, que veio me dizer essa informação, pedindo por tudo que a gente não os transferisse para lá”, explicou o delegado.

G1
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