Digna da literatura de Cordel são algumas histórias ou estórias que se passam na vida real aqui na Paraíba. Tais casos, ou causos, chamam a atenção pela forma como acontecem. Se o estado do Ceará é considerado o berço dos artistas comediantes, a Paraíba já está quase ganhando o título de estado com maior criatividade para suicídio de presos.
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A Paraíba já acumula oficialmente 11 assassinatos dentro de presídios este ano, mas, além destes oficiais, alguns casos de “suicídio” e “mortes naturais” foram registrados ao longo de 2015.
Se considerarmos apenas os números oficiais deste ano, a Secretaria de Administração Penitenciária sob o comando do Delegado Wagner Dorta, já acumula 120% de aumento no número de presos assassinados nas unidades prisionais, quando comparado com o mesmo período do ano anterior, quando a pasta era comandada pelo Delegado Wallber Virgulino. Os números subiram de 5 com Wallber, para 11 com Dorta.
Quando se trata de fatos ocorridos dentro dos presídios, tem casos que dariam para escrever com as frases marcantes do filme “Tropa de Elite”, tais como:
“Bota na conta do papa!” (Capitão Nascimento)
O caso mais recente de “suicídio”, ocorreu nas primeiras horas desta sexta-feira (25/12), quando um detento que estava no isolamento, teria se enrolado em um colchão e ateado fogo, morrendo carbonizado. No filme “Tropa de Elite” aconteceu um caso em que um detento foi queimado dentro de um colchão, e durante o episódio foi proferida a seguinte frase: “Vocês engordaram o porco, agora nóis vai assar.” (Beirada, interpretado por Seu Jorge).
Na verdade, como na telona, podemos afirmar que tem personagem da vida real, digno da frase: “O senhor é um fanfarrão, xerife” (Capitão Nascimento).
A atitude mais digna em casos onde é nítida a incompetência, seria: “A responsabilidade é minha. O comando é meu!” (Coronel Nascimento).
Depois de tudo o que assistimos este ano, fica difícil decidir se “a vida imita a arte, ou a arte imita a vida”, entretanto, não duvidaria se qualquer dia destes, um detento se decapitasse e depois de ter a cabeça separa do corpo, escrevesse uma carta, dizendo os motivos do “suicídio”. Isso na arte é claro! Na vida real, seria impossível?
Como diz a frase mais célebre do grande filme: “Pede pra sair! Pede pra sair!” (Cap. Nascimento).
Da redação Paraíba Geral
Foto: Ilustrativa da internet