Um militar israelense que matou a tiros um agressor palestino ferido e incapacitado na Cisjordânia ocupada foi condenado por homicídio nesta quarta-feira (4).
Centenas de manifestantes de extrema-direita se reuniram em apoio ao sargento Elor Azaria, em uma movimentada rua de Tel Aviv. Alguns entraram em confronto com a polícia do lado de fora de uma base do Exército onde o veredito foi declarado.
Apesar da campanha da família de Azaria e de críticas feitas por políticos de direta de que as Forças Armadas colocaram o sargento sob julgamento em um momento de ataques cometidos por palestinos nas ruas, líderes militares israelenses argumentaram que disparos fora do regulamento não podem ser tolerados.
A corte militar, com três juízes, rejeitou os argumentos do jovem de 20 anos de que ele agiu em legítima defesa.
O episódio foi registrado em vídeo por um ativista de direitos dos palestinos e a filmagem, distribuída para organizações de notícias, atraiu atenção internacional ao incidente.
Ao ler o veredito, a juíza que presidiu o tribunal, coronel Maya Heller, disse que Azaria matou o palestino por vingança, em março de 2016, após o agressor ter esfaqueado e ferido um companheiro na cidade de Hebron, Cisjordânia.
Políticos de partidos de direita já pediram para que o presidente Reuven Rivlin perdoasse o militar, que foi chamado de “filho de todos” pela campanha que o apoia. Segundo um porta voz da família, o tribunal ignorou o incidente ter ocorrido em uma área de ataque.
A acusação de assassinato em Israel tem pena máxima de 20 anos de prisão.
Ivanilson Gouveia (Brasília-DF)
Com Agências de Notícias
Jornalista DRT:3743/PB
Radialista DRT:2078/PB