Acusado de envolvimento na morte do advogado Manoel Mattos é executado a tiros

mmatosCláudio Roberto Borges, mais conhecido por “Claudinho”, foi executado agora à noite em frente à funerária de Luiz, que é vereador e presidente da Câmara de Itambé.

Segundo informações, o presidente do poder legislativo também foi atingido por disparos, mas até o momento não se sabe de seu estado. O fato aconteceu por volta das 18h30, enquanto conversavam descontraidamente na calçada do estabelecimento do vereador.

Claudinho, mesmo inocentado da acusação em julgamento no ano de 2015, foi apontado pelo MPF-PE, que recorreu do resultado do julgamento, de ser um dos mandantes do assassinato do vice-presidente do Partido dos Trabalhadores de Pernambuco, Manoel Mattos.

Relembre o caso

O advogado Manoel Mattos foi morto a tiros de espingarda calibre 12 quando estava em uma casa de praia, em Pitimbu, na Paraíba, em 24 de janeiro de 2009. O crime teve repercussão internacional porque Mattos integrava a Comissão de Direitos Humanos da OAB-PE e atuava, principalmente, contra grupos de extermínio, com a participação de policiais militares, na divisa entre Paraíba e Pernambuco, região conhecida como “Fronteira do Medo”.

Antes do assassinato de Mattos, a Organização dos Estados Americanos havia concedido medidas cautelares para que o Estado brasileiro protegesse o advogado. Mesmo assim, segundo o Ministério Público Federal (MPF), não foram tomadas providências quanto à repressão e investigação das quadrilhas, o que acabou resultando na morte de Mattos.

A ação dos grupos de extermínio na região foi tratada em Comissão Parlamentar de inquérito da Câmara dos Deputados em 2005, que recomendou várias ações específicas. Uma vez que a federalização foi garantida por decisão do STJ, a tramitação do processo foi transferida da Justiça Estadual da Paraíba para a 2ª Vara Federal da Seção Judiciária da Paraíba.

A primeira tentativa de júri seria em novembro de 2013, mas a sessão não aconteceu por falta de quórum mínimo de jurados, tendo sido remarcado para o mês seguinte. Novamente o julgamento foi suspenso, dessa vez porque o Tribunal Regional Federal da 5ª Região, no Recife, determinou o desaforamento (transferência de jurisdição) para a Justiça Federal de Pernambuco (JFPE) por razões de ordem pública.

De acordo com a JFPE, este é o primeiro caso de deslocamento de competência julgado no Brasil pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Além do caso de Mattos, foi pedida apenas a federalização das investigações e do julgamento do assassinato da missionária Dorothy Stang, morta em fevereiro de 2005, no município de Anapu, no Pará. No entanto, em junho daquele mesmo ano, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) não deu provimento ao pedido.

PedraDeFogoNews – Grupo dos Homicídios – G1 
Foto: Reprodução da Internet

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