O PMDB foi o partido que mais deu votos para a proposta de emenda à Constituição (PEC) que altera o sistema de eleição de deputados e vereadores. A PEC da reforma política que instituía o chamado “distritão” foi rejeitada por ampla maioria de votos. Apenas 205 deputados apoiaram a alteração, outros 238 foram contrários (veja a lista de votação mais abaixo). Para que a proposta avançasse, eram necessários pelo menos 308 votos. Dos 50 peemedebistas presentes, apenas sete se posicionaram contra a mudança.

Entre as principais bancadas, a do PT foi a única votar sem qualquer dissidência: todos os 55 petistas presentes à votação dessa terça-feira (19) se declararam contra a alteração. No PSDB, foram registrados 26 votos favoráveis, 13 contrários e uma abstenção.

A PEC pretendia substituir o atual modelo proporcional pelo distritão, em 2018 e 2020, e pelo distrital-misto, em 2022. Esse último sistema é defendido por grande parte do PSDB.

Pelas regras em vigor, as vagas de deputados e vereadores são distribuídas, de maneira proporcional, conforme a votação dos candidatos, dos partidos e das coligações. Na prática, nem sempre os mais votados são eleitos e, muitas vezes, políticos com pouca votação são eleitos na rabeira de puxadores de votos.

Pelo distritão, seriam eleitos apenas os mais votados. Não haveria mais o voto em legenda. A mudança foi bombardeada por cientistas e analistas políticos que veem nesse sistema uma porta escancarada para a reeleição dos atuais parlamentares e a vitória de personalidades já amplamente conhecidas do público, como apresentadores de rádio e TV, artistas, esportistas e líderes religiosos.

Já no distrital misto, metade das vagas é reservada para o mais votado em cada distrito (divisão a ser feita no estado ou no município conforme a eleição) e a outra, para o sistema proporcional, com lista fechada de candidatos elaborada pelos partidos.

Veja como votaram os deputados paraibanos:

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