DATA FOLHA – Pesquisa aponta que condenação não altera liderança de Lula e nome indicado por ele iria para o 2º turno

LulaEm pesquisa realizada pelo instituto Datafolha, 27% dos entrevistados dizem que o apoio de Lula influenciaria “com certeza” sua escolha, e 17% afirmam que “talvez” votassem no nome indicado por ele.

Na disputa que inclui Lula, Bolsonaro, Alckmin e Ciro (PDT), entre outros, o petista tem a preferência de 36%, e na segunda colocação está Bolsonaro, com 18%, à frente de Alckmin (7%), Ciro (7%) e do pré-candidato do Podemos, Alvaro Dias (4%). Com 2% aparecem Manuela d’Ávila, do PCdoB, e Fernando Collor de Mello, do PTC. No mesmo patamar, com 1%, estão Henrique Meirelles, João Amoêdo (Novo) e Paulo Rabello de Castro (PSC). O nome de Guilherme Boulos (sem partido) não atingiu 1%. Votariam em branco ou nulo 19%, e 3% não opinaram.
A comparação com pesquisa realizada no final de novembro de 2017, com cenário similar (com exceção da presença de Collor entre os presidenciáveis, incluído no atual levantamento), mostra um quadro estável: à época, Lula tinha 37%, à frente de Bolsonaro (19%), Alckmin (9%), Ciro (7%) e Alvaro Dias (4%), entre outros. A intenção de votar em branco ou nulo subiu de 14% para 19% no período, e o percentual dos que não opinaram oscilou de 5% para 3%.

A preferência por Lula fica acima da média entre os brasileiros que estudaram até o ensino fundamental (47%), na parcela dos mais pobres, com renda mensal familiar de até 2 salários (47%) e nas regiões Norte (46%) e, principalmente, Nordeste (60%). A pré-candidatura de Bolsonaro vai melhor entre os homens (25%) do que entre as mulheres (11%), e o deputado também ganha destaque na fatia dos mais jovens (27% na faixa de 16 a 24 anos, ante 38% de Lula), entre os brasileiros com ensino superior (25%, ante 23% de Lula) e na parcela com renda média-alta, entre 5 e 10 salários por família (30%, ante 24% de Lula). No grupo dos que tomaram conhecimento das denúncias da Folha sobre o aumento do patrimônio de Bolsonaro desde seu ingresso na Câmara dos Deputados, não há alteração significativa em sua intenção de voto, que fica em 22%.

O poder da indicação de Lula -apelidado, na política, de “dedaço”- é considerado o grande ativo do PT caso a perseguição judicial impeça a candidatura de Lula.

Outros potenciais padrinhos teriam dificuldade em turbinar as campanhas de seus afilhados.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) teria influência certa sobre 11% dos eleitores e possivelmente sobre outros 22%. Já 64% dos entrevistados rejeitariam a indicação feita pelo tucano, que governou o país entre 1995 e 2002.

Nada que se compare, no entanto, à fragilidade do atual presidente na transferência de votos.

Michel Temer (MDB) é o cabo eleitoral mais impopular nos cenários apresentados pelo Datafolha: 87% afirmam que não votariam no candidato que tiver seu apoio.

Apenas 4% escolheriam esse nome e mais 8% disseram que poderiam seguir a indicação.

Da redação com DATAFOLHA E BRASIL247

NOTÍCIAS

CONTATO