BRASÍLIA — O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira que é ele quem “manda” no seu governo, ao comentar a mudança na superintendência da Polícia Federal (PF) do Rio de Janeiro. Na quinta, Bolsonaro havia dito que iria substituir o superintendente, Ricardo Saadi, por questões de “gestão e produtividade”. Depois, a direção da PF divulgou uma nota dizendo que a substituição já estava prevista e nada tem a ver com o desempenho profissional dele.
BRASÍLIA — O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira que é ele quem “manda” no seu governo, ao comentar a mudança na superintendência da Polícia Federal (PF) do Rio de Janeiro. Na quinta, Bolsonaro havia dito que iria substituir o superintendente, Ricardo Saadi, por questões de “gestão e produtividade”. Depois, a direção da PF divulgou uma nota dizendo que a substituição já estava prevista e nada tem a ver com o desempenho profissional dele.
O presidente disse que há uma tentativa de indispô-lo com a Polícia Federal, mas afirmou que isso não irá acontecer:
— Querem me indispor com a PF? Não vão me indispor para a PF.
Bolsonaro ainda ressaltou que, ao falar em produtividade na véspera, quis dizer que Ricardo Saadi poderá aumentar a produtividade na nova função. De acordo com a PF, ele pediu para ser transferido para Brasília.
— Vai produzir mais aqui. Eu não falei “falta de produtividade”. É muito simples. “Se separou por amor”, tem dupla interpretação. “Em um ato impensado, mata o filho o pai amado”. Quem matou quem? É a língua portuguesa.
O presidente disse que gostaria de estar no lugar de Saadi:
— Produtividade? Vocês estão sabendo para onde ele está indo? Eu queria estar no lugar dele. Ele vai ter maior produtividade para onde for — afirmuo, acrescentando depois: — Ele está indo…É a mesma coisa (que) você mudar de uma cidade do interior para uma cidade na beira da praia. O motivo…Não interessa o motivo. Ele vai produzir melhor em outro lugar, cansou da região, está manjado da região. Às vezes para proteger a própria vida do elemento. E outra coisa, se mudar, a gente não tem que dar satisfação. Se eu assumir a Presidência, tenho que manter tudo, ministros, secretarias?
FONTE: O GLOBO