Na tarde desta quinta-feira (18), o presidente da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB), pastor José Wellington Costa Júnior se reuniu com o presidenciável Jair Bolsonaro e declarou oficialmente o apoio da entidade ao candidato, que possui em seu quadro de filiados 95.732 pastores.
Líder nas pesquisas de intenções de votos no segundo turno com 61,5%, Bolsonaro afirmou ao pastor Wellington Costa Júnior que “Agradeço seu apoio pastor Wellington Júnior e as orações dos irmãos da Assembleia de Deus, estou vivo porque Deus me guardou”.
Na ocasião, ao justificar o apoio ao candidato do PSL, pastor Wellington Júniorafirmou “Optamos por apoiar ao candidato Jair Bolsonaro, não só por seu perfil conservador, mas acima de tudo pelo respeito que o mesmo demonstra para com a família e a Igreja, sendo contra a ideologia de gênero, legalização das drogas, aborto e tantos outros itens que vem contra o que nos ensina a palavra de Deus” disse.
Já o presidenciável Jair Bolsonaro, agradeceu o apoio se colocando à disposição da Igreja “tenham certeza que, se for a vontade de Deus que eu seja eleito, vocês terão na presidência alguém afinado com aquilo que a Igreja defende; o Brasil é laico, mas nós somos cristãos” concluiu gravando uma mensagem em vídeo para os pastores que compõem a CGADB.
Fizeram parte da comitiva da CGADB o deputado federal, Paulo Freire Costa (SP); o vereador do Rio de Janeiro, eleito deputado federal no último dia 07, Otoni de Paula Júnior, Isaias Coimbra e o cantor Otoni de Paula e assessores tanto da CGADB como dos parlamentares.
Apoio já era esperado
Em entrevista ao JM Notícia, o pastor Wellington Júnior havia anunciado que a maioria dos líderes assembleianos eram favoráveis a Jair Bolsonaro, mas por falta de uma unanimidade entre os pastores, a CGADB não se posicionou no primeiro turno.
Outras igrejas evangélicas já apoiaram
O deputado do PSL tem apoio da maioria das igrejas evangélicas do país, além da CGADB, Bolsonaro tem apoio da Convenção das Assembleias de Deus do Brasil (CADB), liderada pelo pastor Samuel Câmara, da Igreja Renascer em Cristo, da Igreja Universal do Reino de Deus, da Igreja Mundial do Poder de Deus, da Igreja Sara Nossa Terra, da Igreja Assembleia de Deus Ministério Madureira, entre outros ministérios e pastores renomados que estão declarando apoio ao líder político.
O seguimento evangélico que representa cerca de 30% da população brasileira, grande parte dos líderes assumem quase que majoritariamente o apoio ao candidato Jair Bolsonado a Presidencia da República.
Bolsonaro é um militar da reserva que declarou publicamente ser favorável a prática de tortura durante a ditadura militar, que comandou o Brasil por mais de duas décadas, entretanto, apesar das declarações controversas do atual deputado, além de ser um arduo defensor da liberação da posse de arma de fogo para cidadãos, com a revogação ou alteração do estatuto do desarmamento (Lei brasileira que controla a posse de arma de fogo no país), Bolsonaro adotou um discurso em defesa de valores morais, defendidos pelas igrejas e isto o aproximou do seguimento evangélico.
Os líderes evangélicos ignoraram o posicionamento de Bolsonaro sobre a tortura, prática não admitida pelo cristianismo e abraçaram as bandeiras contra o aborto e a orientação sexual.
Bolsonaro que lidera nas pesquisa de intenção de voto, se eleito, chegará ao comando do país com o apoio dos líderes evangélicos que se declaram de direita e implicitamente assumem os riscos de um eventual insucesso do político.
Declarações como a do Pastor José Wellington Bezerra da Costa (Ex-presidente da CGADB – Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil), demonstram o grau de envolvimento inédito dos líderes evangélicos nesta campanha presidencial.
“Não podemos deixar a esquerda voltar ao poder”, disse o Pastor José Wellington Bezerra da Costa, após exibição de vídeo em que declara apoio ao candidato Jair Bolsonaro.
https://www.youtube.com/watch?v=-fMdCwlwg8E
https://youtu.be/G5TiUmiF6ls
Paraíba Geral com JMNoticia