Atiradores invadiram uma escola estadual de Suzano, na Grande São Paulo, deixam saldo de 10 mortes e 17 feridos. Destas vítimas, ao menos cinco são alunos que foram mortos nesta manhã de quarta-feira, 13. Segundo informações da Polícia Militar, dois homens encapuzados, que aparentam ser adolescentes, atiraram contra os estudantes e, em seguida, se mataram na escola Raul Brasil, na região central da cidade.
A PM informou que ao menos dois funcionários da escola também foram atingidos pelos disparos e morreu. A escola oferece ensino fundamental e médio e um centro de estudos de língua.
A reportagem conversou com Juliano Simões de Santana, vizinho da Raul Brasil. O morador disse que ouviu os disparos pouco após o início das aulas no período matutino.
“Moro ao lado, ouvi um tumulto e fui para lá. Cheguei e vi várias crianças saindo correndo ensanguentadas. Um desespero, professor, funcionário, todos correndo”, afirmou.
Pouco depois de participar de coletiva de imprensa sobre as enchentes no estado, o governador João Doria (PSDB) cancelou sua agenda para o resto do dia e decidiu ir para Suzano para acompanhar de perto o ocorrido.
O coronel Marcelo Salles, comandante da Polícia Militar, o general João Camilo de Campos, secretário de Segurança Pública, e Rossieli Soares, secretário de Educação, acompanharão o governador.
Foram acionadas seis unidades de resgate dos Corpo de Bombeiros, três do Samu, dois de suporte avançado e dois helicópteros águia. A PM está enviando também ao local uma equipe do Gate porque junto aos adolescentes foram encontrados artefatos parecidos com bombas.
Dentro da escola, a polícia encontrou um arco e flecha e garrafas que aparentam ser coquetéis molotov. Há ainda uma mala com fios, e o esquadrão antibombas foi chamado.
A instituição foi isolada pela polícia e há muitos alunos e funcionários chorando ao redor.
FONTE: FOLHA PRESS
Foto: Werther Santana/ Agência Estado