Que a Paraíba vive uma verdadeira guerra, isso já não e mais uma notícia considerada nova, entretanto, o que mais choca nesta realidade é a desigualdade no enfrentamento desta guerra.
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Um estado que tem cinco cidades entre as trinta mais violentas do Brasil, dispõe atualmente de um efetivo formato por 9.263 PMs, sendo 8.563 homens e 700 mulheres, e 1.802 policiais civis, sendo 1.325 homens e 477 mulheres.
Estes dados significam que se considerado a escala de trabalho 24 horas de serviço por 72 horas de folga, ou mesmo 12 horas de trabalho por 36 horas de folga, resulta em um número aproximado de 3 mil policiais militares nas ruas diariamente no estado, considerando o período de folga dos demais.
Como a Paraíba tem uma população estimada em quase 4 milhões de pessoas, resulta em uma média de 01 policial militar em efetivo serviço para cada 1324 pessoas na Paraíba, embora que, em números absolutos, o estado tem um policial militar para cada grupo de 423 habitantes e um policial civil para cada grupo de 2172 pessoas. Ná prática, em muitas cidades do inteior do estado da Paraíba, apenas dois policiais militares fazem a segurança de um município por escala de trabalho.
Os dados da violência na Paraíba nos últimos cinco anos são aterrorizantes:
Mais de 7 mil pessoas assassinadas entre 2011 e agosto de 2015, além de quase o dobro de tentativas de homicidios neste mesmo período;
Mais de 480 ocorrência contra instituições bancárias nos ultimos cinco anos;
Mais de 10 policiais vítimas de violência no estado, inclusive com várias mortes e tentativas contra agentes de segurança, apenas em 2015.
Defasagem no efetivo
Diante da stuação calamitosa em que a segurança da Paraíba se enconta, inclusive com as declarações públicas do comandante da Polícia Militar da Paraíba, coronel Euller Chaves, que em fevereiro deste ano, admitiu que o efetivo de policiais nas ruas é insuficiente para atender a demanda do estado. De acordo com o coronel, a corporação tem cerca de nove mil policiais. A previsão legal seria de aproximadamente 18 mil homens.
Os concursados da PM e BM
Apesar da clara necessidade, os concursados ainda não foram chamados e a cada dia a violência aumenta nas ruas. Um grupo de aprovados no concurso esteviram na Assembléia Legislativa da Paraíba na última terça-feira (23/09) e foram recebidos pelo presidente da Casa, o Deputado Adriano Galdino.
Os aprovados cobram um posicionamento do governo do estado e a população paraibana aguarda o aumento do efetivo policial para ter mais segurança. São Pelo menos 800 suplentes e cerca de 4 mil habilitados que estão aguardando.
O baixo efetivo das polícias na Paraíba, é um dos principais fatores do aumento da criminalidade no estado. Sem polícia nas ruas a população fica refém da criminalidade.
Da redação Paraíba Geral
Foto: Reprodução da Internet