O metro quadrado de área construída em Campina Grande está custado entre R$ 3,5 mil e R$ 5,7 mil, de acordo com o vice-presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de Campina Grande (Creci-CG), Érico Feitosa.
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O valor é referente a imóveis novos e os bairros mais procurados por quem está querendo casa ou apartamento para morar na cidade são Catolé, Jardim Paulistano, Alto Branco e Mirante.
De acordo com Érico, o que faz com que o mercado imobiliário siga aquecido na cidade é o alto número de estudantes que vivem na região. “O mercado imobiliário aqui em Campina Grande se mantém estável mesmo com todas essas adversidades. Temos aqui presentes algumas características específicas como a presença de duas universidades públicas e outras particulares que são grandes pólos geradores de demanda. Além da presença forte de empreendedores locais que acreditam e investem no mercado”, explica.
Ainda segundo ele, a dificuldade de conseguir crédito pelos bancos públicos e privados fez com aumentar o número de alugueis em relação às vendas. Érico avalia que houve uma seleção natural do mercado e o consumidor que procura comprar um imóvel está muito mais focado no que deseja atrelado ao que ele pode pagar, diferentemente da euforia anterior do mercado. “De outro lado temos uma situação onde quem não pode nesse exato momento realizar o sonho da casa própria se programa melhor pro futuro e, dependendo da necessidade, recorre ao aluguel”, explicou.
Imóveis do futuro e do passado
O preço do metro quadrado de terrenos na cidade varia entre R$ 245 e R$ 580 e os locais mais procurados são Malvinas e as imediações da Alça Sudoeste, principalmente devido ao grande número de empreendimentos como Loteamentos e condomínios fechados nas duas regiões. Em relação à locação, os bairros mais procurados são Bodocongó, Conjunto dos Professores e Itararé, por serem próximos às universidades.
Enquanto isso, o próprio Creci tem dificuldade de definir valores em relação aos imóveis usados. “Temos que falar com muito cuidado, pois temos que observar localização, tipo de edificação, tempo de construção e conservação”, justifica.
Como escolher
Entre os muitos fatores a serem considerados na hora de escolher um imóvel, o preço pode ser apontado como o principal, mas não como o único. “Devido às condições de cada um, algumas vezes o cliente tem que adequar o seu sonho com a realidade financeira e, claro essa situação é mais uma vez pessoal. Alguns se sacrificam mais, outros se adequam normalmente à situação e outros simplesmente desistem ou esperam outro momento”, observa.
Outro fator que influencia na hora da escolha é a questão da segurança. E segundo Érico isso está fazendo com que os interessados procurem mais apartamentos ou condomínios do que casas. Diante da correria da vida moderna, aliada à falta de segurança, os itens de lazer se somam aos de segurança como atrativo. “O cliente cada vez mais quer comodidade sem exposição a risco”, explicou.
G1
Foto: Reprodução da Internet