Em Sapé – Presos denunciam condições insalubres e superlotação no presídio

Sapé 4Segundo informações colhidas pelo site Paraíba Geral, na manhã desta terça feira (19/01) os reeducandos do regime semi aberto e aberto do Presídio Regional de Sapé, teriam procurado a Vara das Execuções Penais para denunciar as condições sub humanas em que estão quando se recolhem a noite depois de um dia de trabalho.

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Os detentos teriam levado em mãos um documento protocolado no final de Outubro do ano passado onde denunciavam a juíza as irregularidades e as violações de direitos humanas que acontecem dia após dia, bem como fotos do ambiente onde estão cumprindo o restante de suas penas.

O Paraíba Geral teve acesso a fotos que comprovam as condições insalubres de uma cela que mede 3,5 de largura por 4 metros de comprimento e pasmem, abriga 33 presos amontoados.

“A superlotação tem sido um problema grave. Tem dias que é preciso dormir sentado. Ninguem aguenta trabalhar o dia todo e não poder dormir bem. O lugar fede muito, o banheiro não tem caixa de descarga e do esgoto sai constantemente barata, ratos e até caranguejeira. No banheiro dormem 4 albergados por falta de espaço na cela. Só esse mês 3 presos não retornaram e quebraram o regime. Nem todo mundo aguenta essa situação” – reclamou um dos albergados.

Falta advogado

Os albergados também reclamam da falta de advogado no Presídio, do descaso para com a saúde dos mesmos haja vista que são punidos com 20 dias de isolamento em cela trancadura pela gestão da Casa Penal quando apresentam atestado médico para tratamento de saúde.

Falta Assistente Social

O presídio também não possui assistente social para dar apoio aos egressos nem tampouco os pareceres necessários para progressão de regime. Não há cursos nem palestras para os albergados como está previsto a Lei das Execuções Penais

Detentos dizem que diretor se nega a tender

Quando questionados sobre uma possível conversa com o diretor do presídio para explicar a situação alguns albergados disseram que só tiveram acesso a ele uma única vez por ocasião de sua chegada no cargo e ele teria sido taxativo “Com preso não quero acordo”. Desde então se nega a atender quaisquer presos dos regimes aberto e semi aberto.

“Estamos entregues a própria sorte. Nosso esforço tem sido imenso para ser um cidadão mesmo sendo tratado como marginais. Nós saímos para trabalhar e quando voltamos somos recebidos como bandidos, com armas, revista vexatória e um ambiente imundo para descansar depois de um dia de trabalho. Nós precisamos aprender a cumprir a Lei para conviver em sociedade, mas o Estado tem violado nossos direitos” – afirmou um dos presos do regime aberto.

Da redação com informações

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