Os moradores de João Pessoa já sabem que, quando chove, é preciso ficar atentos por onde andam. Muitos pontos acumulam água em excesso e prejudicam os motoristas e pedestres que tentarem se locomover pela cidade. A Prefeitura também já sabe disso. Segundo a Defesa Civil Municipal, João Pessoa tem 102 pontos de alagamento recorrentes.
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A estudante universitária Jennifer Carneiro, moradora do bairro dos Bancários, enfrenta problemas sempre que chove, apesar de não haver um ponto de alagamento na rua em que mora. “Prejudica todo mundo pra descer do ônibus e pra passar até de carro. Quando chove muito, o Bancários vira um inferno porque na maioria das ruas não tem boca de lobo e junta água. Fora também as pessoas na calçada que não podem passar, se não tomam banho de algum carro”, desabafou.
Os pontos estão espalhados por diversos bairros, mas o coordenador da Defesa Civil, Noé Estrela, informou que atitudes estão sendo tomadas para minimizar os contratempos da população. “Já temos projetos para correção nos pontos mais críticos que já estão inclusive licitados”, garantiu.
Além da Avenida Sérgio Guerra, a principal dos Bancários, Noé citou como os lugares mais críticos a Avenida Ministro José Américo de Almeida, também conhecida como Avenida Beira Rio, nas proximidades da rotatória que dá acesso ao Altiplano; no entorno do Mercado da Torre; na Avenida João Machado; na Avenida Júlia Freire; na Avenida Coremas; na Avenida Sanhauá, em frente à Estação Ferroviária; na Avenida Hilton Souto Maior, a principal do José Américo; na região do Conjunto Esplanada; e na Avenida Epitácio Pessoa, principalmente em frente ao Colégio Nossa Senhora de Lourdes.
O professor do curso de Tecnologia em Design de Interiores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB), Paulo Peregrino, que é pesquisador da área de engenharia urbana e ambiental, concorda em parte com o coordenador da Defesa Civil. Porém, ele acredita que toda ação do homem sobre o meio natural altera o seu curso e traz consequências. “Estas ações aceleram os processos e não respeitam o tempo que a natureza requer para se adequar às mudanças de maneira normal”, comentou.
Paraíba Geral com G1
Foto: Frederico Martins/G1 e Redes de Notícia Paraíba