A mudança drástica de rotina e o amor pelos filhos são fatores comuns entre as mães de bebês com microcefalia atendidos no ambulatório especializado na malformação no Hospital Pedro I, em Campina Grande, no agreste da Paraíba. As visitas constantes à unidade de saúde uniram as mães e o laço afetivo envolveu até profissionais.
Leia mais notícias no Paraíba Geral
Com dedicação quase que exclusiva, 44 mães levam os filhos delas até duas vezes por semana para o ambulatório, onde eles recebem atendimentos clínicos, psicológicos e fisioterapêuticos. Para trocar experiências e funcionar como canal de informação, um grupo em um aplicativo de mensagens instantâneas foi criado.
Alessandra de Souza, 34 anos, mãe de Alexandre Samuel, que tem apenas quatro meses de vida, conta que quase entrou em depressão quando descobriu que o filho tinha microcefalia. “O sonho da minha vida era meu filho e quando eu soube da microcefalia, eu não sabia do que se tratava, se era doença. Foi um impacto muito forte”, afirmou.
Após o nascimento, Alessandra começou a levar o filho para receber os atendimentos no Hospital Pedro I. “Aqui a gente tem tratamento ‘VIP’. Além do tratamento do filho, a gente recebe apoio psicológico e tem uma amizade com as médicas e com todo mundo. Meu filho está se desenvolvendo muito”, comemora.
“Eu sou toda ‘enlaçada’ com esses bebês. É impossível não se envolver desse jeito. São 44 histórias diferentes que eu conheci aqui e passei a conviver diariamente. Não tem como não se emocionar”, contou a fisioterapeuta Jeime Iara, que participa do grupo no aplicativo, onde tira dúvidas das mães.
O prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues, informou que a administração municipal já pensa em dedicar um setor específico do hospital para o atendimento de bebês com microcefalia, e não apenas um ambulatório, que foi adequado no espaço da unidade de saúde após o número de casos de bebês com microcefalia aumentar na cidade.
Outra mãe que frequenta o ambulatório é Edna Cíntia, de 17 anos. Ela só soube que a filha tinha microcefalia às vésperas do parto, quando fez a primeira ultrassom. “Com a mudança da minha vida eu não consegui terminar meus estudos”, disse. Mãe de Ana Alice, de três meses de vida, Edna tem o acompanhamento da mãe Soraia Correia. “Ela sempre me acompanha. Meu marido está desempregado e minhã mãe que ajuda a gente”, conta.
Além dos laços criados entre as mães dentro do laboratório, as histórias de superação das famílias envolvem também os profissionais que atendem nos hospitais. Ao todo, a equipe é formada por uma pediatra, uma neurologista, uma psicóloga, um obstetra, uma fisioterapeuta e dois otorrinos.
“Eu sou toda ‘enlaçada’ com esses bebês. É impossível não se envolver desse jeito. São 44 histórias diferentes que eu conheci aqui e passei a conviver diariamente. Não tem como não se emocionar”, contou a fisioterapeuta Jeime Iara, que participa do grupo no aplicativo, onde tira dúvidas das mães.
O prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues, informou que a administração municipal já pensa em dedicar um setor específico do hospital para o atendimento de bebês com microcefalia, e não apenas um ambulatório, que foi adequado no espaço da unidade de saúde após o número de casos de bebês com microcefalia aumentar na cidade.
Outra mãe que frequenta o ambulatório é Edna Cíntia, de 17 anos. Ela só soube que a filha tinha microcefalia às vésperas do parto, quando fez a primeira ultrassom. “Com a mudança da minha vida eu não consegui terminar meus estudos”, disse. Mãe de Ana Alice, de três meses de vida, Edna tem o acompanhamento da mãe Soraia Correia. “Ela sempre me acompanha. Meu marido está desempregado e minhã mãe que ajuda a gente”, conta.
G1