O número de ocorrências de violência contra estabelecimentos bancários na Paraíba em 2015 chegou a 130 e, apesar de ainda faltarem 28 dias para o final do ano, já superou o maior registro dos últimos cinco anos, que foi de 129 casos em 2013.
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Segundo os dados do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários da Paraíba, atualizados até esta quinta-feira (3), a maior parte das ocorrências é de explosão, com 75 casos. O último registro deste tipo de crime foi a um banco na cidade de Picuí, na Borborema paraibana, na madrugada da quarta-feira (02/12).
No balanço feito pelo órgão, além das explosões, foram registrados este ano 26 arrombamentos, 14 casos de saidinhas de banco, 11 tentativas de arrombamento e quatro assaltos a bancos. Em comparativo com 2014, de janeiro até a quarta-feira (2), já foram registrados 14 casos a mais de explosões do que todo o valor registrado no ano passado.
Sobre o banco com o maior número de ocorrências registradas nos últimos cinco anos, o Bradesco lidera com 233 casos. Apenas em 2015, das 130 ocorrências registradas em todo o estado, 67 casos de violência foram contra estabelecimentos bancários do Bradesco.
O presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba, Marcos Henriques, atribui o aumento nas ocorrências de violência à falta de políticas públicas para garantir a segurança dos trabalhadores dos bancos e da população. “Não só há a falta destas políticas por parte dos governos federal e estadual como também há o desinteresse por parte dos bancos em melhorar a situação. O que acontece é que os bancos não têm a segurança como investimento e sim como despesa e isso faz com que falte mais seguranças contratados, mais câmeras e mais dispositivos e equipamentos que poderiam garantir uma maior segurança nos estabelecimentos”, explica Marcos Henriques.
Por meio de nota, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) informou que os “bancos estão constantemente preocupados com a segurança de seus clientes e funcionários. Para isso, conciliam duas importantes frentes de atuação para impedir o avanço da criminalidade, da qual são igualmente vítimas”.
De acordo com a nota da Febraban, os bancos investem cerca de no desenvolvimento de sistemas de segurança. Montante que representa o triplo em comparação há 10 anos (R$ 3 bilhões). E, além disto, “atuam em estreita parceria com governos, polícias (Civil, Militar e Federal) e com o Poder Judiciário no combate à criminalidade”.
Ainda segundo a Febraban, o resultado dos esforços é a redução dos assaltos a bancos no país. De acordo com o órgão, levantamento com 17 instituições financeiras, que incluem os principais bancos de varejo do País, mostra que em 2014 foram registrados 385 assaltos e tentativas de assaltos. No ano 2000 foram 1.903 assaltos e tentativas de assaltos.
Por sua vez, o Bradesco informou que não comenta o assunto.
O G1 tentou entrar em contato, por telefone e por email, com a Secretaria de Estado da Segurança e Defesa Social (Seds) para que os dados fossem comentados, mas até as 18h (horário local), nenhuma resposta havia sido dada.
G1
Foto: Reprodução da Internet