As estruturas do governo Temer, que já não eram tão sólidas, foram praticamente implodidas com a delação da empresa JBS, onde áudios de uma conversa entre o próprio presidente Michel Temer e o empresário Joesley Batista, durante reunião no porão do Palácio do Jaburú (segundo Joesley), resultaram na abertura de investigação de um esquema de corrupção e obstrução da justiça. Na mesma linha, em uma ação controlada da Polícia Federal, com direito a malas de dinheiro e outras condutas só vistas no cinema, o Senador Aécio Neves (PSDB-MG) foi implodido pelas gravações.
A Polícia Federal fez lição de casa direitinho, o Procurador Geral da República Rodrigo Janot, agiu como determina a envergadura de sua responsabilidade e o que se esperava era no mínimo a renúncia de Michel Temer, especulada pela imprensa horas antes de seu pronunciamento em rede nacional.
Temer contrariou o esperado e esbravejou: “Não renunciarei”. O dia foi de prejuízos para o mercado financeiro, onde a Bolsa de Valores caiu 8,8% e as principais empresas amargaram um prejuízo no valor de mercado na casa de R$ 225 bilhões. O dólar americano subiu chegando ao patamar de R$ 3,3836 e o governo Temer, já sem condição de governabilidade conforme declara muitos parlamentares, inclusive da base aliada, insiste em ficar em meio à maior crise que o país enfrenta em toda a sua história.
Com a saída de partidos da base aliada, como é o caso do PPS, as bancadas já totalizam mais de 50 parlamentares que desembarcaram do governo de Michel Temer. Pelo menos dois ministros já deixaram o governo e após a homologação da delação e a liberação dos áudios da JBS, o futuro do governo Temer é a cada dia mais incerto.
Da redação Paraíba Geral