
O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) publicou hoje (20), em sua conta no Twitter, insinuação sobre o presidente Michel Temer (PMDB) ser o verdadeiro chefe da organização criminosa que incluía seu ex-ministro Geddel Vieira Lima.
Em parecer enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, afirmou que Geddel parece ter liderado uma organização criminosa e, por isso, sua prisão preventiva é “imprescindível” para que as investigações possam continuar. “Engraçado… Nunca soube que Geddel era o Chefe. Para mim, o chefe dele era outro”, escreveu o senador alagoano. Horas depois, completou com “…era ouTro”, destacando a letra “T” em nova publicação. Renan tem desferido duras críticas ao correligionário, o que já resultou em sua saída da liderança do partido no Senado no primeiro semestre deste ano.
Já Temer foi acusado por Janot de ser o líder da organização criminosa composta por membros do chamado “quadrilhão” do PMDB da Câmara. A relatório do deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), que recomenda o arquivamento da denúncia por organização criminosa e obstrução de Justiça contra Temer e os ministros Moreira Franco (Secretaria de Governo) e Eliseu Padilha (Casa Civil) foi aprovado na quarta-feira (18), por 39 votos a 26.
O ex-ministro está preso desde o dia 8 de setembro, após a Polícia Federal encontrar mais de R$ 50 milhões em dinheiro vivo em uma apartamento ligado a Geddel. As digitais dele foram identificadas nos sacos plásticos que envolviam os maços de dinheiro. Na manifestação, Dodge afirma que o baiano “fez muito em pouco tempo” e teria mais dinheiro escondido. “Este dinheiro seria apenas uma fração de um todo, ainda maior e de paradeiro ainda desconhecido”, escreve a PGR.
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