A Secretaria de Saúde do Estado da Paraíba confirmou, nesta sexta-feira (13/11), após reunião da equipe técnica do órgão, que já foram constatados 21 casos de microcefalia em 2015. Depois de ter divulgado os primeiros casos em Cabedelo, na Grande João Pessoa, e em São Miguel de Taipú e Sapé, todos na Zona da Mata paraibana, Campina Grande também entra nesta lista.
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A microcefalia vem causando espanto pelo aumento considerável no número de casos em Pernambuco, que saltaram de uma média de dez, em 2014, para 141 casos neste ano. Com isso, o ministro da Saúde, Marcelo Castro, declarou estado de emergência em saúde pública de importância nacional.
Em nota, a Saúde do Estado definiu que vai instaurar um instrumento de notificação de novos casos da doença, para que ela seja melhor monitorada na Paraíba.
“Ficou definido a construção de um instrumento de notificação para consolidar dados clínicos, epidemiológicos e diagnósticos desses pacientes, visando identificar possível alteração do padrão epidemiológico da microcefalia e fatores relacionados à sua ocorrência”, afirma a nota.
O Ministério da Saúde, também em nota, ressaltou que a microcefalia não é um agravo novo. Trata-se de uma malformação congênita, em que o cérebro não se desenvolve de maneira adequada.
A doença
A microcefalia é uma anomalia que se caracteriza por um crânio de tamanho menor que o da média. Os bebês nascem com perímetro cefálico (PC) menor que o normal, que habitualmente é superior a 33 cm. Esse defeito congênito pode ser efeito de uma série de fatores de diferentes origens, como as substâncias químicas, infecções por bactérias ou vírus e a radiação.
Crianças que nascem com microcefalia podem ter o desenvolvimento cognitivo debilitado. Não há um tratamento definitivo capaz de fazer com que a cabeça cresça para um tamanho normal, mas há opções de tratamento capazes de diminuir o impacto associado com as deformidades.
Portal Correio
Foto: Google Street View