Tão certo quanto, no Brasil, dois e dois são cinco, é batata que você não verá a juíza Luciana Corrêa Tôrres de Oliveira, da 2ª Vara de Execução de Títulos Extrajudiciais do Distrito Federal, no Jornal Nacional.
Primeiro, porque Luciana fez algo que joga por terra a narrativa da criminalização antecipada de Lula no caso do famoso triplex.
Depois, Luciana é o que se poderia chamar de anti Moro: discreta e profissional, segundo um jurista brasiliense que a conhece.
Ao atender o pedido protocolado em julho de 2017, se respaldou no que a Lava Jato ignorou por motivos óbvios: o registro oficial da propriedade, aponta o jornalista Marcelo Auler.
Ou seja, ela cumpriu a lei com provas e não convicções, orientada por documentos, fatos e não uma tese pré estabelecida ou uma delação premiada. E, importante: sem querer agradar uma imprensa amiga.
Não há fotos dela no Google. Sem registro de palestras. Nenhum parente criou uma página em rede social enaltecendo seus feitos.
Tem suas preferências partidárias. Em sua conta no Facebook, aparece como alguém que curtiu Aécio Neves. Não deixou que isso contaminasse um parecer técnico.
Desde que sua decisão veio à tona, contradizendo a versão que Sergio Moro quer emplacar com a ajuda dos suspeitos de sempre, Luciana não virou uma celebridade como seu colega de Curitiba, dando pitados sobre qualquer coisa.
É o que se espera de alguém nessa posição.
A velha mídia não se interessou por ela. Se tivesse corroborado a argumentação lavajateira, teria toda a GloboNews em seu encalço.
Bastaria deixa a vaidade e o apetite pelos holofotes tomarem conta. Mas, para tanto, teria que passar por cima do estado de direito — e da democracia.
À sua maneira, observando o decoro, sem transformar seu ofício em palanque, sem politizar o judiciário, apenas, enfim, fazendo o que tinha que fazer, Luciana Corrêa Tôrres de Oliveira entrou para a história.
Não há fotos dela no Google. Sem registro de palestras. Nenhum parente criou uma página em rede social enaltecendo seus feitos.
Tem suas preferências partidárias. Em sua conta no Facebook, aparece como alguém que curtiu Aécio Neves. Não deixou que isso contaminasse um parecer técnico.
Desde que sua decisão veio à tona, contradizendo a versão que Sergio Moro quer emplacar com a ajuda dos suspeitos de sempre, Luciana não virou uma celebridade como seu colega de Curitiba, dando pitados sobre qualquer coisa.
É o que se espera de alguém nessa posição.
A velha mídia não se interessou por ela. Se tivesse corroborado a argumentação lavajateira, teria toda a GloboNews em seu encalço.
Bastaria deixa a vaidade e o apetite pelos holofotes tomarem conta. Mas, para tanto, teria que passar por cima do estado de direito — e da democracia.
À sua maneira, observando o decoro, sem transformar seu ofício em palanque, sem politizar o judiciário, apenas, enfim, fazendo o que tinha que fazer, Luciana Corrêa Tôrres de Oliveira entrou para a história.
DCM