As duas alas do PSL já reconhecem que a crise interna chegou num ponto sem volta, principalmente depois da operação da Polícia Federal que mirou o presidente da legenda, o deputado federal Luciano Bivar (PE).
A preocupação dos dois lados é com o potencial de estrago do prolongamento desse divórcio litigioso, motivado pelo controle do fundo milionário da legenda.
Se, num primeiro momento, o grupo do presidente Jair Bolsonaro apostava fragilizar Bivar para inviabilizá-lo no comando do PSL, a percepção agora é que o deputado decidiu ir para o enfrentamento.
“Não vai ficar bonito para ninguém. Todo mundo vai para lama e as vísceras ficarão expostas”, alertou um aliado de Bivar na direção do partido.
Além de começar a cobrar do próprio presidente Jair Bolsonaro o motivo da blindagem dada ao ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antonio, também investigado por usar candidatas laranjas, como Bivar, a cúpula do PSL passou a mirar o próprio núcleo próximo ao presidente.
A ordem é cobrar a prestação de contas da pré-campanha, expor a investigação das movimentações financeiras atípicas do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente, e até mesmo cobrar novas explicações do próprio Jair Bolsonaro sobre o depósito de R$ 24 mil feito pelo então assessor Fabrício Queiroz na conta da hoje primeira-dama Michelle Bolsonaro.
“Quando se tenta acuar um aliado, não resta outra alternativa”, resumiu ao blog um parlamentar do PSL.
FONTE: G1