O resultado da perícia realizada nesta quarta-feira (25) na BR-230, local onde aconteceu um acidente envolvendo dois veículos no sábado (21), deve sair em 30 dias, segundo a Polícia Civil da Paraíba. O acidente deixou três pessoas mortas e uma ferida. O trecho onde aconteceu o acidente ficou interditado durante cerca de duas horas para a realização do trabalho dos peritos do Instituto de Polícia Científica (IPC), que contaram com o apoio dos policiais rodoviários federais.
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Um ex-namorado da vítima foi chamado para prestar esclarecimentos e falou com a polícia por cerca de duas horas. Ele teve que levar duas caminhonetas da família para serem periciadas. Após o depoimento, ele foi liberado junto com os veículos. Segundo a delegada Roberta Neiva, a hipótese de que o casal foi perseguido pelo ex-namorado da vítima, e por isso trafegava em alta velocidade, está enfraquecida. A imprensa não teve acesso a ele.
A polícia está apurando todos os detalhes do acidente e ouvindo familiares das vítimas. O resultado da perícia pode esclarecer as circunstâncias em que ocorreu o acidente.
O acidente aconteceu no último sábado (21), por volta das 17h30, no trecho da BR-230 que fica entre o viaduto da Avenida Beira Rio e o novo viaduto da Avenida Geraldo Mariz, em João Pessoa. O casal que ocupava um automóvel Corolla morreu no local e a terceira vítima, que estava em um Corsa, morreu na manhã desta quarta-feira (25), no Hospital de Trauma de João Pessoa.
José Ferreira foi levado ao Hospital de Trauma logo após o acidente e passou por procedimentos de emergência, sendo levado em seguida para a Unidade de Paciente Graves (UPG), mas não resistiu aos ferimentos e morreu por volta das 7h40. Ele e o tio estavam em um Chevrolet Corsa que foi atingido pelo Toyota Corolla. O tio de José Ferreira, Jovelino Ferreira da Costa, já recebeu alta do Hospital de Trauma e se recupera dos ferimentos em casa.
Hipóteses
A PRF investiga a participação de um terceiro veículo no acidente, uma caminhoneta Hilux, que estaria perseguindo ou disputando um “racha” (corrída ilícita entre veículos) com o Corolla que se envolveu no acidente. De início, a polícia investigou a possibilidade do acidente ter sido causado pelo racha, mas após o depoimento do sobrevivente, levantou-se a suspeita de que o carro estaria sendo perseguido.
“No momento que eu vi, ele jogou a Hilux para cima do Corolla. Aí eu disse ‘pronto, eles estão ou em perseguição ou fugindo de um assalto”, disse o autônomo Jovelino Ferreira da Costa. “Eu disse ‘Dé, pisa no freio rápido porque nós vamos colidir com esse carro, que esse carro tá vindo em direção à gente. Mas foi tão rápido, foi coisa de segundos. Quando dei fé, a gente já tava tudo dentro das ferragens”, completou.
Segundo o inspetor Éder Rommel, da PRF, as testemunhas ouvidas pela polícia contaram a mesma história. “[As testemunhas] presenciaram os dois carros passando com alta velocidade em pontos diferentes. Então é muito provável, baseado nessas testemunhas, que são oficiais agora, que havia a prática ilegal da corrida, ou ‘racha'”, explicou.
A Polícia Rodoviária Federal está tentando identificar a placa e o condutor da caminhoneta Hilux e pede a ajuda da população para a identificação. As informações podem ser repassadas de maneiras anônima pela linha de emergência da PRF, através de número 191.
G1