Os agentes penitenciários e os policiais militares lotados no presídio do Serrotão, em Campina Grande, apreenderam 745 aparelhos celulares durante o ano de 2015. O levantamento foi divulgado pela direção da unidade e lista também 63kg de maconha, 1,6kg de cocaína e mais de 600 litros de cachaça artesanal.
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Chegou 2016 e nada mudou. Na manhã deste domingo, 3 de janeiro, os agentes apreenderam mais um pacote (foto), contendo 1.5kg de maconha, 5 aparelhos celulares, 6 carregadores, 3 fones de ouvido e 32 chips.
A porta mais larga de entrada desses objetos naquele presídio é o arremesso de pacotes por cima dos muros. Em segundo lugar vêm as cavidades do corpo humano feminino, seguido dos casos de corrupção, que, se existem até em igrejas do país, soaria estranho não acontecerem nas penitenciárias. Em ambas deve ser combatido.
O primeiro passo para quem quer (de verdade) resolver qualquer problema é identificar sua causa. O próprio Serrotão, num passado não muito distante, registrava fugas quase toda semana. Mas “de repente”, os casos deixaram de acontecer, e o presídio entra para o quinto ano consecutivo sem registrar um único preso escapando. O que houve? Qual é a mágica?
É óbvio que alguma medida foi adotada para fazer aquela penitenciária bater esse recorder que já é histórico. Pela lógica, identificaram o(s) problema(s) e tomaram as medidas cabíveis.
O desafio agora – que não depende apenas dos servidores da unidade, mas principalmente dos governos em suas três esferas – é ter a inteligência e a vontade necessárias para barrar a entrada de drogas e telefones. Não é possível que no “país das penitenciárias federais” ninguém consiga essa proeza.
Parabéns aos incansáveis do sistema penitenciário. Mas 2016 já começa lembrando que nada mudou nesse aspecto.
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Foto: Ilustrativa da Internet