Vírus Zica encontrado na Paraíba é igual ao que circulou na Polinésia Francesa

zika-virus-dengueEscolas de todo o país vão receber hoje (19), Dia Nacional de Mobilização da Educação contra o Zika, a visita da presidenta Dilma Rousseff e de ministros. As atividades nas escolas buscam conscientizar e mobilizar os estudantes para o combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, da febre chikungunya e do vírus Zika. Vírus na Paraíba é igual ao que circulou na Polinésia Francesa.

Leia mais notícias no Paraíba Geral

Dilma participará de atividade com alunos do Colégio Alfredo Vianna, no município baiano de Juazeiro. Pelo menos 25 ministros viajam pelo país para visitar escolas. O vice-presidente Michel Temer participa da mobilização em Rio Branco (AC), cidade onde também terá agenda partidária.

Ao longo do dia serão desenvolvidas atividades específicas nas escolas como palestras, distribuição de panfletos e vistoria para combater possíveis criadouros do mosquito. As atividades envolverão ainda professores, diretores, reitores de universidades e de institutos federais, agentes de saúde e da vigilância sanitária e militares das Forças Armadas.

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, destacou que a prevenção é a melhor alternativa contra o Aedes aegypti e que a mobilização das redes pública e privada de educação fará a diferença no combate ao mosquito. A intenção é que jovens e crianças levem para casa informações sobre a prevenção ao Aedes. Segundo Mercadante, a orientação para o combate aos criadouros do mosquito vai continuar durante todo o ano nas redes educacionais do país.

“Só na rede pública são mais de 200 mil escolas. Por meio da sala de aula podemos manter informadas a juventude, as crianças, e elas levarem para dentro de casa uma nova atitude. O dia é para todo mundo parar e refletir, mas vai ter que ser uma campanha permanente. Todo mundo tem que gastar 15 minutos por semana para não deixar nada de água parada dentro de casa”, disse Mercadante ao participar da edição dessa quinta-feira (18) do programa Bom Dia, Ministro, produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República em parceria com a EBC Serviços.

A campanha é uma ação semelhante à ocorrida no último sábado (13), quando a presidenta e ministros viajaram pelo país no Dia Nacional de Mobilização contra o Aedes aegypti.

A mobilização de hoje dá prosseguimento ao proposto no Pacto da Educação Brasilleira contra o Zika, firmando no início do mês entre o Ministério da Educação, demais representantes do governo federal, de estados e municípios, além de instituições e organizações públicas e particulares.

Vírus da zika na Paraíba: Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz, no Rio, divulgaram novos detalhes da pesquisa sobre a amostra do vírus da zika que infectou mulheres grávidas na Paraíba.

Outra revelação: o vírus da zika que está circulando no Nordeste é muito semelhante a um tipo de vírus que provoca uma doença que já tem vacina.

Nos laboratórios da Fiocruz, os pesquisadores tentam decifrar o vírus da zika. O vírus é igual ao que circulou na Polinésia Francesa em 2013 e onde foram registrados, pelo menos,17 casos de microcefalia.

Esse é o primeiro sequenciamento genético completo do vírus da Zika ligado a um caso de microcefalia no Brasil. Os cientistas analisaram o líquido amniótico de mulheres grávidas de bebês com microcefalia ou malformação no cérebro na Paraíba.

Uma das mulheres teve os sintomas da zika na décima semana de gestação. A outra, na décima-oitava. Mas o líquido amniótico só foi coletado na vigésima-oitava semana, mais de dois meses depois. E mesmo assim, os pesquisadores encontraram nas amostras uma grande quantidade de vírus da Zika ativo. Significa que o vírus pode permanecer por mais tempo do que se pensava no organismo das mulheres grávidas.

“Tudo do zika está sendo surpreendente. Acho que cada dia a gente está tendo uma informação nova, até então a ultrassonografia vinha, era normal, elas estavam tendo uma gestação normal. Na ultrassonografia da vigésima-oitava semana já estava presente a microcefalia”, diz Ana Bispo, pesquisadora da Fiocruz.

O estudo foi uma parceria de pesquisadores da Fiocruz, da Universidade Federal do Rio de Janeiro e do Instituto Professor Joaquim Amorim Neto, na Paraíba. O método que eles usaram permitia identificar todos os vírus e bactérias presentes no líquido amniótico. Mas só o vírus da zika foi encontrado em grande número.

“Então a gente pode dizer que realmente o zika era o agente que estava implicado naquele quadro ali de microcefalia”, explica a pesquisadora Ana Bispo.

Jornal de Verdade com MS
Foto: Ilustrativa da Internet

 

NOTÍCIAS

CONTATO